Note To Self
Your shadow walks faster than you
You don't really know what to do
Do you think that you're not alone?
You really think that you are immune to
Its gonna get that the best of you
Its gonna lift you up and let you down
It will defeat you then teach you to get back up
After it takes away all that
You've learned to love
Your reflection is a blur
Out of focus
But in confusion
The frames are suddenly burnt
And in the end of a roll of illusion
A ghost waiting its turn
Now I can see right through
It's a warning that nobody heard
It will teach you to love what you're afraid of
After it takes away all that
You learn to love
But you don't
Always
Have to hold your head
Higher than your heart
You better hope you're not alone
You better hope you're not alone
You better hope you're not alone
You better hope you're not alone
You better hope you're not alone
You better hope you're not alone
You better hope you're not alone
You better be hoping you're not so...
Du du rut
Hope you're not alone
Hmm hmm humm
Your -
Your echo comes back out of tune
Now you can quite get used to it
Reverb is just a room
The problem is that there's no truth to it
It's fading way too soon
The shadow is on the move
And maybe you should be moving too
Before it takes away all that you learned to love
It will defeat you and then teach you to get back up
Cause you don't
Always
Have to hold your head
Higher than your heart
You better hope you're not alone
You better hope you're not alone
You better hope you're not alone
You better be hoping you're not alone
You better hope you're not alone
You better hope you're not alone
You better hope you're not alone
You better hope you're not so...
Du ru ru ru ru
Hope you're not alone
Hmm hmmm hmmmm
Better hope
Huuu huuu hmmm
Better hope you're not alone
Huuu huuu hmmm
Hooope
eu-medo
Diz que me ama. Diz que me ama para sempre, que nunca amou assim.
tu: um. lá em cima. no topo. Sei lá porque é que preenches tudo. E guarda-o lembra-te não esqueças.
E eu tremo. Porque acredito e porque temo.
Oh God
now
when's the time for me
When will you see me through
Oh God
my mind is eating
My heart out
Oh God
my heart is beating
my mind up
Oh God
I can't believe in you
just because
I'm afraid you´re true.
Tenho um só coração e dizes que tenho de optar. Que temos sempre de optar. E eu não posso. Não quero. Não sou capaz. Porque quero tudo. Porque não quero viver sem nada do que tenho.
Tenho de te perder?
Quando partirás de novo?
Não tenho medo de te amar. Não tenho medo que me ames. Tenho medo de não chegar, de não dar tudo o que precisas, de que a minha divisão, o meu coração partilhado, te afoguem em solidão. Tenho medo de me esgotar, de te esgotar, de deixar de ter para dar. Tenho medo de te dizer que vás, que vás ser feliz, que vás sem mim.
E não é medo.
É só assim.
Porque sim, porque temos que fazer escolhas.
Eu sei que o que tu mais querias era poder parar. Um útero acolhedor. Uma mão nas costas que te devolvesse as certezas. Um abraço morno onde possas largar o peso a pensar que é para a vida inteira. Ou mais ainda, para a eternidade.
Mas não há paz. Porque a vida flui. Corre. Passa. Muda. Fecham-se portas, janelas, ciclos, olhos. Nunca se agarra nada, não há nada que se possa agarrar. Sei lá porque é que digo isto. Eu acho que tu tens medo que as coisas passem, que te deixem, que desapareçam da tua vista. Que evaporem. Que adormeçam para sempre. Eu acho que odeias não perceber. E tenho a certeza que não queres aceitar, não sabes aceitar essa natureza fluida em que estamos metidos todos. É por isso que corres tu, como líquido - espelho-água- mais depressa do que as coisas que te rodeiam. Corres. Ninguém te pára. Porque se fores mais depressa do que as coisas, nunca perdes. Só percebemos o movimento se estivermos parados. Por isso corres. Tornas-te o teu inverso, o inverso do que desejas, exactamente para sobreviver. Tornamo-nos sempre os nossos medos.
Quero parar, sim. Mas não posso. Não sei. Não me permito.
Vem e faz-te ninho. Por umas horas. Uns dias. Uns meses. A eternidade. Pára-me.
Mas sabes que não fico [sabes?]. Sabes que não posso [ou posso?]. A urgência de não pensar, não sentir... Não ser. Chama mais alto. O rio. O teu rio. O teu riso.
Desliga-me.
Desconecta-me.
Desconexa-me.
Ahhh, o teu riso!...
Fico-te.
Por agora, por umas horas, por uns dias, uma eternidade. Páro-te. Aqui. Em mim. Depois solto-nos [soltar-nos-ei?] porque nunca te chegarei. Não te bastarei. E sorrio, porque nos teus olhos sou feliz e isso basta. A mim. Ao eu-nós.
Choro a ler-te. A ler-me em ti, nas tuas palavras, nos teus olhos. Porque sei que me amas. Porque acredito. Porque te perdi [oh, perdi-te um dia, meu amor!] e te encontrei de novo [e tu vieste! vieste e beijaste-me!] e porque já te sinto a falta e ainda aqui estás. Sinto a tua falta a cada segundo. Estou presa a ti pelo coração, por fios que não vejo, por veias que latejam no fundo da garganta quando penso o teu nome [e não há mais nada, mais nada em que pense] e porque sei que não te basto. Hoje. Sim. Mas não depois. Porque nem a mim me basto.
Aceita. Sem medo. Porque serei sempre tua. Mas esta fome, esta sede, esta força que me empurra... Sou macieira que quer dar pêras. Sou pedra que quer cantar. Sou rio que sonha com os céus abertos e nuvem que queria ser eterna.
Sou tua.
Sempre.
eu = tua
Eu tenho mais medos do que tinha. Tenho sobretudo medo daquilo que é bom demais para ser verdade, do que não me parece possível. Um medo-avião. O medo-dinossauro-voador. Um medo-tecla-de-computador. Um medo-tu.
E depois um medo-maior um medo-medo um medo-a-sério
sabes?
medo-que-ninguém-baste-e-que-não-haja-um-pedaço-de-gente-que-te-alcance
medo-que-caias
medo-que-não-arranjes-maneira
medo-do-teu-medo-maior-que-eu
medo-que-o-coração-se-te-parta-de-vez
medo-que-não-rias-para-sempre
um
medo
o-medo
E como posso eu ter medo também?
Só o medo de perder o quanto me amas tu.
Não mordas o lábio. Eu sou feliz.
Tu...
She
May be the face I can't forget
The trace of pleasure or regret
May be my treasure or the price I have to pay
She
May be the song that summer sings
May be the chill that autumn brings
May be a hundred different things
Within the measure of a day
She
May be the beauty or the beast
May be the famine or the feast
May turn each day into a heaven or a hell
She may be the mirror of my dreams
The smile reflected in a stream
She may not be what she may seem
Inside her shell
She
Who always seems so happy in a crowd
Whose eyes can be so private and so proud
No one's allowed to see them when they cry
She
May be the love that cannot hope to last
May come to me from shadows of the past
That I'll remember till the day I die
She
May be the reason I survive
The why and wherefore I'm alive
The one I'll care for through the rough in ready years
Me
I'll take her laughter and her tears
And make them all my souvenirs
For where she goes I've got to be
The meaning of my life is
She
She, oh she
Deep Heart Pink
Royal Me
Whiskey please, I need some whiskey please
So bring me consciousness and kill my innocence
Please lay your eyes on me
Lead me in the dance
Give me no chance to reconsider....reconsider
I'm the queen of the world
I bump into things
I spin around in circles
And I am singing
And I'm singing well I'm singing
Why can't I stay like this
Dear God
Oh, Let me be young
Let me stay please
Oh, Let me stay like this Oohhoh
Bring me home
I got no plans for tomorrow
I got no plans for tomorrow
I got no plans in sight
In fact I'm free this week
I'm free this month
I'm lonely
Lonely this year
I'm lonely forever
But today, oh
I'm the queen of the world
I bump into things
I spin around in circles
And I am singing
And I'm singing and I'm singing
Why can't I stay like this
Dear God
Oh, Let me be young
Let me stay please
Oh, Let me stay like this Oohhoh
Singing, I'm singing and I'm singing
I'm the queen of the world
I bump into things
I spin around in circles
And I am singing
And I'm singing and I'm singing
Why can't I stay like this
Dear God
Let me be young
Let me stay please
Oh, Let me stay like this Oohhoh
For today
I wanna dance like we used to
When it was pure, when it was new
Love me whole, like I love you
Wanna be free, but free with you
I wanna dance like we used to
And not worry about you and me
We're gonna die of global warming
Or even flu or creating smoking
I want to stay here for a while
Until it's time to let go
I like to really take my time
Explore all that comes to mind
I like dance like we used to
Before the new world order world
Don't wanna do what others do
Let's pretend there's no rules
I wanna dance like we used to
We're so lucky and so spoiled
You and I have such futile jobs
Let's stop acting like kings and queens
I want to stay here for a while
Until it's time to let go
I like to really take my time
Explore all that comes to mind
Lalalalala
Bang. Tiro.
A caixa das memórias anda a ser remexida. Giro. Nunca antes me tinha apercebido da quantidade de informação indisponível, inacessível, que o subconsciente (ou consciente?) tinha remetido para o recycle bin. Desapareceu tudo sem sequer o barulhinho crunchy do meu laptop.
Onde ficaram esses dias, noites, pessoas, coisas, cartas? Sinto cheiros. Alguns. Acho. Quando me invadem algo se aviva em mim, mas sem força, sem entusiasmo, sem provocar a reacção turbulenta das grandes paixões. A cabeça busca pistas, mas o coração não acelera. Ou vice-versa. O banco de dados está corrompido e com ele o meu passado que não cola com nada.
Não sou a mesma pessoa. Nem serei. Nem estou triste por isso. Nostálgica, sim, por vezes. Saudades de uma inocência que se perde, se transforma, se aplica nas pequenas coisas que doamos a uma experiência tantas vezes ingrata, infrutífera, desmotivante. Frustrante. Perdi parte da minha história, e isso quer dizer que a lição não foi aprendida. Ou terá sido? Como saber? É verdade que já não caio nos mesmos erros (a maior parte das vezes!) mas é verdade também que há erros em que é bom caír, de mergulho, com as mãos ao longo do corpo, head first. Já não sou capaz, perdi a coragem. Meço, penso, calculo, recuo, e no entretanto o avião já decolou e eu fiquei em terra, sem tão pouco acenar.
Fecho-me em copas e desculpas de pau. Só tenho saudades de quem não está e assim que o posso dizer o silêncio em mim transborda e não chego ao outro lado. Não sei porquê. Amo tanto. Amo-te tanto. Amo-o tanto. Amores diferentes (não se ama um homem como se ama uma mulher) mas conceber a vida sem uma das partes dói. Custa. Cava em mim. E não sei dizê-lo. Sei. Mas não sei. Porque as palavras que saem parecem vir de outra boca, de outro ser, de outro amor. Revestida a medo, essa substância viscosa que nos cola as pestanas e entope a garganta, arrasto-me por entre quem amo sempre demasiado ocupada, a fazer coisas, a ser a heroína da minha história, a fazer crer – nem a mim própria... – que não falo de amor porque não há tempo para o coração. E eu que só tenho coração. Quem adivinhará?
Que os dias de hoje sejam novos, frescos. Que o amanhã seja melhor. Que as noites de paixão que me tiram o sono, que me fazem perder o fôlego, digam o que não sou capaz. Que possam ler nos meus olhos e entre gemidos aquilo que ainda não posso dizer. Porque não posso. Porque tenho medo. Porque estou a guardar cada pedacinho de coragem que encontro em mim numa caixinha. Um dia junto-os todos e atiro-tos com toda a força do coração. Um dia digo que te amo. Que o amo. E talvez nesse dia seja mais feliz. Talvez me deixe ir. Talvez fique para sempre, por ser livre.
‘As pessoas livres são livres para tudo, até para se prenderem.’
Quem te disse, meu amor, que não estou presa? Quem te disse que a minha fuga não é de mim própria? Queres que me ame, me respeite, me (re)considere. Faço-o. Porque tu me pedes. Porque tudo o que dizes me faz sentido e sentir. Porque tu és tu, tu és tudo, tu és todo. Porque por ti iria até ao fim do mundo.
Quero deixar-me ir.
Quando era pequena e ia com os meus pais a Andorra comprar cadernos para a escola e relógios digitais a metade do preço, havia uns bonecos, daqueles em que enfias uma moeda e sai um brinde (brindes bons, à antiga) que diziam numa voz robotizada e estupidamente infantil:
‘Hola! Yo quiero ser como tu!’
Meu amor... eu quero ser como tu.
‘Contigo aprendi que o que dói às aves não é o serem atingidas, mas que, uma vez atingidas, o caçador não repare na sua queda.’
...
Como posso não te amar até ao fim de todos os dias?
... and yet one more...
You are my sister, we were born
So innocent, so full of need
There were times we were friends but times I was so cruel
Each night I'd ask for you to watch me as I sleep
I was so afraid of the night
You seemed to move through the places that I feared
You lived inside my world so softly
Protected only by the kindness of your nature
You are my sister
And I love you
May all of your dreams come true
We felt so differently then
So similar over the years
The way we laugh the way we experience pain
So many memories
But theres nothing left to gain from remembering
Faces and worlds that no one else will ever know
You are my sister
And I love you
May all of your dreams come true
I want this for you
They're gonna come true
A musical night
You go to my head
You linger like a haunting refrain
And I find you spinning round
In my brain
Like the bubbles in a glass of champagne
You go to my head
Like a sip of sparkling burgundy brew
And I find the very mention of you
Like the kicker in a julep or two
The thrill of the thought
That you might give a thought
To my plea, casts a spell over me
Still I say to myself
Get ahold of yourself
Can't you see that it never can be
You go to my head with a smile
That makes my temperature rise
Like a summer with a thousand Julys
You intoxicate my soul with your eyes
Though I'm certain that this heart of mine
Hasn't a ghost of a chance
In this crazy romance
You go to my head, you go to my head
Though I'm certain that this heart of mine
Hasn't a ghost of a chance
In this crazy romance
You go to my head, you go to my head
[Haven Gillespie / J. Fred Coots]
Drive Away My Heart
Fear is no longer in time
Fear is no longer hanging around
You should capture my view
Cause I dont wan't nothing else but you
You can treat me like you please
Baby it's okay with me
Leave me bleeding on the floor
From my heart
From my hearts core
Oh drive away my heart tonight
Cause it is no longer mine
Oh drive away my heart tonight
cause its no longer mine
I wanna give you love
I wanna show you love
And so love will be my grave
Love will be my grave
Oh drive away my heart tonight
You see it is no longer mine
Oh drive away my heart tonight
Cause its no longer mine
Hold my hand now...
Demasiado. Demasiado amor, demasiada atenção. Demasiads felicidade. Haverá um preço? Perderei tudo?
Neste momento não quero pensar. Quero dar-me. Unconditional and free. Like your love.
Nunca sabemos o que tráz o dia de amanhã, e essa certeza magnífica, deslumbrante, tão reconfortante, apavora-me. Porque amanhã posso perder-te, perdê-lo, perder-me. E depois? Que restará de mim?
Eu, que clamo a liberdade, a minha acima de tudo, não sei realmente lidar com ela. Queria só ter tudo. Tudo. Queria ter-te, tê-lo, ter-me, e por medo da felicidade não acredito que seja possível. Será a falta de fé a trazer o fim? Provavelmente...
O coração nunca me foi de grande ajuda. Baralha-me. Confunde-me. Leva-me a sítios que desconheço e temo.
Amei-te como nunca amei ninguém. Amei-te como se ama verdadeiramente, e sempre o soube. E agora já não sei mais nada, porque tenho de novo medo.
Fica.
Fica-me.
Sky High
I don’t remember exactly when it did happen, but one day my lover turned into my love.
He was no longer living in a faraway country, a cold distant land. He moved into my bed, we started sharing days and nights, and slowly but surely, without having a clue, I gave him a big slice of my heart. I am happy for it.
One day, out of my screen, an old name jumped at me like a punch between the eyes. I remember when it happened and I know now as I knew then, my life would never be the same. Never again. And never like before.
She came into my life - my previous life – the same way those tiny yellow wild flowers grow in between my garden’s paving slabs: unexpectedly, over night, greeting me in all their morning grace when I am still too numb to admire them.
Miracle!
She had been my friend, my sister, my mother, my daughter, my lover. The love of my life.
I cannot believe there had been such a love before. Nor I want to. If there was one, I don’t care. I and she were the world, our world, and that is just how it was.
Came thunder, came fire, came flood. We were not strong enough to resist. We sank and burned and lost each others’ hands, and I thought I would never see her again, I thought my life was lost, I blamed myself for being the only survivor… if only I had grabbed her hand a bit, just a bit stronger!... Years of crying, living in that same salted water, my salted waters, my burning tears.
‘I’m sorry, my love, I am so sorry…’
Her name punched me in the stomach.
The black letters on the screen.
‘She is alive.
She has survived.’
My shaking hands trying to find her, more of her, all of her, a click away, and my brain so blurred, so blank, so numb, so hers.
‘Tum-tum’
Her name punched me in the heart.
‘Tum-tum’
‘Tum-tum’
‘Is it really her, can it really be?’
‘Tum-tum’
‘Tum-tum’
The sight of her face, her hands, the way she holds her cigarette and the glass she drinks from!... Oh, there couldn’t be enough photos, my thirst of you, my love, was overwhelming!...
‘I need to see her. She has to know I’ve always loved her.’
Fear.
...
‘If you’re coming I want to see you :)’
…
Did she say that? To me?! Oh God, oh God, oh God…
‘If you’re coming I want to see you :)’ – she said.
And she saw me, and she heard me, and she talked to me, and she let her hand be held, and then she kissed me.
Oh she kissed me.
She did, she kissed me.
And she held me strong, rolling on my bed, and she told me she loves me.
My heart is hers.
She made love to me and she looked in my eyes and she let me sleep and looked at me for so long, I know she did. I woke up with a smile because she did.
And now I am here, thinking of her, with a man in my bed.
My bed.
My man.
A man I love.
I have a heart.
One only.
But my heart is a castle; my heart is a castle far up in the sky.
He said he wants me as free as I am, he says he will love me forever.
She told me free people are free even to choose to have ties.
I have ties. Because I’m free. I’m hooked and I love it.
We live happy in my sky high castle.
I am the castle.
I am the cloud.
Esta noite
Há muitos anos perdi-me de ti. Perdeste-me. Perderam-nos. Perdemo-nos.
Tanta dor e tanta lágrima me levou mundo abaixo que acabei por negar o coração. E não sabia. Achei que estava magoado, só, que depois passava, e até me esqueci de onde tudo tinha começado, mas não. Foste o maior amor e a tua perda levou-o.
Procurei-te. Sempre. Tanto. Ninguém sabia de ti. A partir de certa altura, ainda que me tivesse cruzado contigo (eram metros e auto-estradas e bares e tanto sítio... como nunca te encontrei?!!) não seria capaz de te ver, tal era o sal que me cegava.
Quando quase me tinha esquecido, é quem nos separou que nos junta (acaso, ironia, desconcerto?) e agora estou assim. Tola. Louca. Sem sentido. Feliz.
A tua mão na minha, pequena e quente, os teus olhos tão cheios de carinho... Como passaram tantos anos? E como sobrevivi?
Beija-me. Outra e outra vez. Beija-me os olhos, as mãos, a boca. Beija-me o ventre.
Louca.
Tantas saudades a matar, tanta coisa para contar que não sai, nem vai lembrar, mas que não concebo que não saibas. E sabes. Sabes tudo. Só há coisas que não queremos ver, muito pouco que não saibamos. E tu sabes. Conheces-me por todos os lados, de todos os lados, em todos os lados.
Dou-te-me.