Hold my hand now...

Tamara de Lempicka, Les deux amies, 1923




Demasiado. Demasiado amor, demasiada atenção. Demasiads felicidade. Haverá um preço? Perderei tudo?



Neste momento não quero pensar. Quero dar-me. Unconditional and free. Like your love.



Nunca sabemos o que tráz o dia de amanhã, e essa certeza magnífica, deslumbrante, tão reconfortante, apavora-me. Porque amanhã posso perder-te, perdê-lo, perder-me. E depois? Que restará de mim?



Eu, que clamo a liberdade, a minha acima de tudo, não sei realmente lidar com ela. Queria só ter tudo. Tudo. Queria ter-te, tê-lo, ter-me, e por medo da felicidade não acredito que seja possível. Será a falta de fé a trazer o fim? Provavelmente...



O coração nunca me foi de grande ajuda. Baralha-me. Confunde-me. Leva-me a sítios que desconheço e temo.



Amei-te como nunca amei ninguém. Amei-te como se ama verdadeiramente, e sempre o soube. E agora já não sei mais nada, porque tenho de novo medo.



Fica.



Fica-me.




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